No
dia 7 de setembro de 1922, aconteceu a primeira transmissão oficial de rádio,
em comemoração ao centenário da Independência, no Rio de Janeiro. O discurso do
presidente Epitácio Pessoa foi transmitido por alto-falantes durante uma feira
internacional que
trazia, pela primeira vez ao Brasil, os principais aparelhos e instrumentos da
tecnologia da radiodifusão, que já haviam atingido uma escala considerável em território
Norte americano. Após o discurso, o público foi brindado com os arranjos da
ópera O Guarani, obra do compositor Carlos Gomes.
O mais maduro dos
meios eletrônicos brasileiros completa nove décadas de existência tendo como
trunfo os próprios frutos de seus longos anos de experiência. No entanto, sem uma definição do padrão de rádio digital no País, restrita entre os
sistemas IBOC (norte-americano, uma escolha provável de acordo com técnicos que
atuam no setor) e o DRM (europeu), o futuro do rádio ainda é baseado em
especulações do mercado.
Atualmente, as emissoras de rádio FM são os
destaques do meio, registrando índices expressivos de audiência em praticamente
todos os mercados brasileiros. A segmentação é algo facilmente constatado no
meio FM, uma vez que nomenclaturas “popular”, “jovem”, “jornalísticas”, entre
outras, já possuem sub-divisões na definição de projeto artístico.
Ainda fortes em determinados mercados, as rádios AM convivem com a tendência de
esvaziamento da audiência devido à dificuldade de sintoni, motivada pela
ausência de receptores de rádio AM em aparelhos eletrônicos como os celulares, interferências
no sinal nos grandes centros e também a qualidade na recepção do áudio. Porém,
cogita-se a migração da programação das AMs para os canais 5 e 6 de TV
analógica, de forma a disponibilizar essas rádios na faixa FM, e também a
digitalização do rádio, conforme citamos acima, em que o AM seria o principal
beneficiado, com o áudio das suas transmissões ficando equivalente ao já
conhecido no FM analógico de hoje. É aguardar para ver, ou melhor, para ouvir.
De qualquer maneira, nesses 90 anos do rádio no Brasil, foram muitas as
mudanças registradas. As equipes B2Work e B2Áudio torcem para que ele continue cada vez mais forte, fazendo
chegar informação e entretenimento às pessoas, independente de sua localização.
Com fragmentos
dos artigos de Bárbara Sacchitiello, do site Meio & Mensagem, e Daniel
Starck, do site Tudo Rádio. Foto:
www.subdivx.com.